"Toda vez que não repelimos algo errado, compramos a prazo e com juros na conta da humanidade. Essa conta vai chegar para todos." - Mauricio C Cantelli
Esse pensamento encapsula uma ideia profunda: cada vez que permitimos que algo errado aconteça sem resistência, estamos, de fato, assinando um contrato implícito que acarreta consequências futuras. Essas consequências não são apenas individuais, mas sim uma dívida que a humanidade acumula coletivamente ao longo do tempo. A maldade existe e preocupa. Porém as pessoas virtuosas, precisam reunir forças e combater o mal. Não devemos observar o mal acontecer e ficar inertes.
Ao não repelir ou combater injustiças, egoísmo, destruição ambiental ou qualquer outra forma de mal, estamos fazendo um investimento tácito no adiamento desses problemas. No entanto, essa "compra a prazo" de conveniência momentânea ou evasão da responsabilidade inevitavelmente cobra seu preço. Assim como comprar a prazo implica em juros acumulados, a humanidade enfrentará os juros compostos de problemas crescentes e complexos que surgirão dessas omissões.
Essa "conta da humanidade" pode assumir muitas formas: degradação do meio ambiente, erosão de valores éticos, perpetuação de desigualdades sociais ou até mesmo conflitos globais. Enquanto a dívida aumenta, os juros acumulados se manifestam em crises sociais, ambientais e morais, que afetarão a todos, independentemente de suas ações individuais.
Portanto, esse pensamento nos chama a um senso de responsabilidade coletiva e a agir de forma proativa contra o que está errado. Ele nos lembra que, embora possamos não sentir os efeitos imediatos de nossas omissões, a fatura final chegará em algum momento, impactando todos nós. É um apelo à ação consciente, à busca por soluções sustentáveis e ao compromisso de enfrentar os desafios do presente para evitar o pagamento desses "juros" no futuro da humanidade.